Milei dissolve órgão de vias públicas e “aumentará número de mortos”
A Argentina está passando por mais uma greve de motosserras: a Vialidad Nacional, órgão público responsável pelas estradas nacionais, será fechada. Segundo o governo de Javier Milei, trata-se de uma repressão à "corrupção". Com milhares de quilômetros de estradas prestes a serem privatizadas e mais de 5.000 pessoas prestes a perder seus empregos, há preocupações com a segurança.
A ambição do presidente Javier Milei de reduzir o Estado argentino ao mínimo indispensável continua com uma motosserra. Mal tendo assumido o cargo, no final de 2023, ele paralisou todas as obras públicas atuais e futuras no país. Em 7 de julho, em meio a reclamações sobre as péssimas condições — devido à falta de manutenção — das principais estradas do país, seu governo anunciou a dissolução do órgão responsável por quase um século de construção e manutenção dos 40.000 quilômetros de estradas nacionais da Argentina.
Suas funções agora serão divididas entre o Ministério da Economia e o Ministério da Segurança, e seus mais de 5.000 funcionários perderão seus empregos. "O objetivo é avançar para a privatização da rede de transporte terrestre da Argentina", relata o El País América de Buenos Aires .
No mês passado, o governo já havia lançado um edital para a venda dos primeiros 741 quilômetros de estradas nacionais, sem encontrar nenhuma empresa interessada. O porta-voz do palácio presidencial, citado pelo El País América, anunciou recentemente: "O governo abrirá em breve um edital para a venda de mais 9.120 quilômetros que, após décadas de desperdício e corrupção, estão degradados como nunca antes."
Courrier International
